Sorte.

Você sai de casa, logo de cara encontra uma nota de 100 reais perdida na rua, você fica muito feliz, e pensa "que sorte a minha", chegando ao emprego, é chamado pelo seu chefe até o escritório dele, lá recebe a noticia que foi promovido, então pensa "uau, que sorte". Dá o horário de voltar pra casa, hora de pegar aquele ônibus lotado, quando está chegando no ponto de ônibus, você encontra aquele seu velho amigo, que lhe oferece uma carona, você simplesmente pensa "hoje é meu dia de sorte". Quando finalmente chega em casa, recebe uma ligação da pessoa que você está a pensar a tempos. Você fala "ah, eu sou uma pessoa de sorte". Na manhã seguinte, acorda assustado e vê que perdeu a hora, chegando no emprego é recepcionado pelo seu patrão aos berros pelo seu atraso. Quando chega do trabalho, acaba vendo a pessoa que você anda apaixonado com outra pessoa, aos beijos. Única coisa que te passa na cabeça é "hoje não é meu dia de sorte, eu odeio o mundo, cadê toda a sorte de ontem?".
Ou seja, tem dias que tudo vai dar tão certo que chega a ser inacreditável, em contrapartida, tem dias que as coisas não vão dar tão certo assim. O que me faz pensar é que quando as pessoas estão felizes, vivem dizendo que tem sorte ("sorte de ter um marido bom" "sorte de ter um bom emprego", "sorte de realizar as coisas"), mas até que ponto esse negocio de sorte é mesmo real? Será que quando as coisas não dão certo, é porque uma fumaçinha chamada sorte te abandonou? Será que não é melhor encararmos a tal "falta de sorte" como um tópico a ser reformulado na nossa vida? Todas as coisas da sua vida, são conseqüência de seus atos. Querendo ou não, as coisas acontecem de acordo com o decorrer dos seus atos. Podem me questionar "ah, eu perdi o amor da minha vida para outra pessoa" isso não é conseqüência dos meus atos. Mas se você perdeu ela, será que ela era mesmo o amor da sua vida? Será que você tinha a pessoa, e a perdeu por falta de sorte? eu acho que não. Quando é pra algo dar certo, simplesmente acontece certo, independente de "sorte". Acho que é hora de repensar nossas prioridades, e nossas conclusões sobre a vida. Uma coisa é certa: a vida é imprevisível, não queira cuidar dela da sua maneira, sem deixar que as coisas fluam por vontade própria.